Reportagem Especial: O fixador de perfumes é um mito
Conheça a paulista
Verônica Kato perfumista que decifra os mistérios dos perfumes, e fala sobe o
mito dos fixadores de aroma, que não existem!
A paulista Verônica Kato é perfumista e graduada
em farmácia bioquímica, e possui uma vasta experiência no mercado, que
contabiliza 20 anos na área da perfumaria. Investindo nos estudos sobre alquimia
dos cheiros, Verônica é reconhecida e respeitada em diversos países, como
Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e França. Sem sombra de dúvidas, Kato é
referência quando o assunto é perfumes.
Geralmente, as pessoas confundem as informações e,
às vezes, por ignorância, nutrem dúvidas relacionadas ao uso correto das
fragrâncias. Os casos mais graves são os de consumidores de perfumes
falsificados, que uma vez iludidos pelo baixo custo do produto, a péssima
qualidade pode pôr em risco a sua própria saúde. Sendo assim, Verônica decifra
os mistérios dos perfumes e alerta contra os perigos de produtos
pirateados.
Para a especialista, o perfume falsificado nunca
terá o mesmo cheiro do original, apenas uma semelhança puramente olfativa. A
conscientização da população é importante, a forma inadequada como são
produzidos os perfumes falsificados, além de causarem doenças, põem em xeque
toda a questão ética e legal.
Outra pérola da perfumaria é o mito dos fixadores
de aroma, que não existem. A fixação ou a substantividade de um perfume depende
do caminho olfativo ou de sua concentração. Os frescos são mais voláteis, o que
acarreta na menor fixação na pele. Já os adocicados e amadeirados, por serem
mais carregados agem da maneira contrária. No Brasil, o clima é considerado um
fator relevante nos costumes dos consumidores, que tendem a preferir perfumes
mais frescos e aumentam as dosagens por causa das altas temperaturas. Neste
caso, existe uma relação expressa entre a concentração de fragrância no produto
e a sua fixação.
Um ponto que também toma a atenção da perfumista é
que antigamente, se acreditava em lesões e manchas epiteliais provocadas pela
exposição da pele perfumada ao sol. O senso foi desmentido e o único problema
que pode ser ocasionado, se refere aos cítricos, que por serem fotossensíveis e
dotados de grande quantidade de óleos essenciais podem deixar manchas leves.
Através dos órgãos reguladores, durante a fabricação, existe um limite de uso
seguro desses ingredientes. A única precaução que deve ser tomada é o cuidado
com os raios solares por pessoas com peles muito mais sensíveis.
O perfume tem uma concentração de fragrância
superior a 15% no produto final; a colônia costuma ter uma concentração de
fragrância entre 10% e 12%, enquanto as águas de banho possuemconcentração de
fragrância entre 5% e 8%. Esses níveis são o que diferenciam os perfumes, das
colônias e águas de banho.
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